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Projeto busca inclusão de jovens negros e negras no mercado de trabalho de Campinas e região

Universidades, OAB, sociedade civil organizada e entidades de movimentos negros são empresas e parceiros institucionais



O Ministério Público do Trabalho (MPT) deu início à implementação, em Campinas, do “Projeto de Inclusão de Jovens Negros e Negras no Mercado de Trabalho”, que consiste em um trabalho estratégico de articulação com empresas e parceiros institucionais, como universidades, OAB, sociedade civil organizada e entidades de movimentos negros, a fim de conscientizar sobre a importância da diversidade racial no ambiente empresarial. Para isso foi realizada uma audiência coletiva virtual com 30 empresas da cidade e uma reunião com entidades que farão a interlocução entre jovens negros e negras, centros de formação superior e setor empresarial.

A iniciativa decorre de um trabalho realizado em âmbito nacional pela Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (COORDIGUALDADE), que culminou, inclusive, em um pacto com empresas do setor publicitário em São Paulo, com o objetivo de incluir e valorizar a população negra nas agências e nos próprios trabalhos de criação publicitária. A ideia de iniciar um projeto para sensibilizar os gestores empresariais de todo o país veio a partir da análise das estatísticas levantadas por instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o estudo “Desigualdades Sociais por Cor e Raça no Brasil”, divulgado em 2019 pelo IBGE, a população negra representava a maior parte da força de trabalho no país (54,9%) em 2018. A proporção de pretos e pardos correspondiam a cerca de dois terços das pessoas desempregadas (64,2%) e das que trabalhavam menos horas do que gostariam ou poderiam (66,1%). A pesquisa apontou que os negros são os que mais sofrem com a informalidade: em 2018, 47,3% das pessoas ocupadas pretas ou pardas estavam em trabalhos informais, enquanto que este percentual para os brancos era de 34,8%. Uma pesquisa do IBGE mais recente, de 2020, apontou que a população preta foi a que mais sofreu com a desocupação durante a pandemia de Covid-19 (17,8%).

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