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Grupo é detido comercializando ilegalmente kits para testes de coronavírus por R$ 130

A informação dada por policiais era a de que o grupo receberia uma comissão de 2% sobre a venda de cada kit


Na última terça-feira (14), policiais do 8º Batalhão de Polícia Militar do Interior, em Campinas, foram solicitados via Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) para averiguação de indivíduos em atitude suspeita de que estariam negociando armas e drogas no estacionamento de uma padaria.

Quando a equipe chegou ao local, descobriu que na verdade a negociação não era de armas e drogas, mas sim de aproximadamente 25 mil testes de diagnósticos de COVID-19, no valor de R$ 130,00 cada.

Um dos criminosos confessou que se tratava de uma negociação de testes de COVID-19, material importado dos Estados Unidos, toda a tratativa feira por meio de mensagens.

A ocorrência foi encaminhada até a Delegacia de Investigações Gerais de Campinas (DIG). Segundo a Polícia Militar, os quatro indivíduos da negociação frustrada possivelmente tem ligação com o caso do lote de carga roubada na cidade de Guarulhos.


Assessor supostamente envolvido é demitido

Segundo informações do Blog da Rose, a Prefeitura de Campinas demitiu na quarta-feira (15), o assessor, identificado como Luiz Fernando Mariano Mateus, lotado na Secretaria de Esportes e Lazer, após ter sido detido com outros três homens, negociando a compra de kits de testes para covid-19.

A informação dada por policiais era a de que o grupo receberia uma comissão de 2% sobre a venda de cada kit. Fernandinho Mariano, como é conhecido, era um dos pré-candidatos a vereador pelo PSB.

Em nota, a Administração informou que tomou a medida “pelo bem da transparência do serviço público, e para que não paire nenhuma dúvida sobre a seriedade do trabalho da Prefeitura de Campinas no enfrentamento à pandemia de coronavírus”.


Outro lado

O ex-assessor enviou uma nota à redação do Blog da Rose, negando qualquer irregularidade. Ele diz que foi procurado por uma pessoa conhecida que pediu uma reunião para tratar de assuntos de interesse da cidade. “Reunido com outras 3 pessoas, em plena luz do dia e em um espaço público, me inteirei do assunto, que era exatamente o seguinte: uma empresa de São Paulo estava intermediando a comercialização, legal e lícita, de insumos médicos para prefeituras do interior, principalmente testes para constatação de Covid-19”, escreveu ele.

Mariano diz que pediram a ele que indicasse uma pessoa da Secretaria de Saúde para que formalizassem uma proposta de venda, dentro dos parâmetros permitidos em lei. “A conclusão das investigações confirmará que nenhum ilícito foi cometido. Rechaço veementemente a intenção escusa e oportunista de ligar os fatos descritos com uma suposta negociação de carga roubada, assunto esse que nunca foi sequer aventado”, escreveu ele, negando que ele tinha qualquer interesse financeiro envolvido na negociação.

Fontes: Polícia Militar/Blog da Rose

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