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Tribunal de Contas aponta agilidade em atendimentos no Hospital Municipal

Fiscalização pontuou agilidade para idosos e pessoas com necessidades especiais, além de médicos presentes em todas as especialidades


A IX Fiscalização Ordenada do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) atingiu 299 unidades públicas de saúde (UPASs, UBSs e Hospitais) de 229 municípios paulistas, no último dia 26 de outubro. De acordo com o TCE, a fiscalização “in loco” avaliou os seguintes pontos: qualidade do atendimento; satisfação do usuário, por meio de entrevistas; controle de presença de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde; condições de armazenamento e dispensação de medicamentos; condições físicas do local (acessibilidade, limpeza, conforto e sinalização) e de equipamentos; descarte de resíduos hospitalares. Ainda segundo o órgão, o trabalho mobilizou 322 agentes de fiscalização, que chegaram de surpresa nos locais visitados.

Em Paulínia, o alvo da fiscalização foi o Hospital Municipal (HMP). O portal de notícias Correio Paulinense teve acesso ao relatório produzido por Karin Figueiredo Loffler, responsável pela visita surpresa ao HMP. No documento, a agente do TCE-SP aponta fatores negativos e positivos encontrados no hospital.

Segundo a agente, o atendimento é cordial, organizado e preferencial somente para idosos acima de 60 anos. “O atendimento pela recepção é praticamente imediato. E para ser atendido pela equipe de triagem uma média de 10 minutos”, afirma Loffler. As condições da sala de espera foram consideradas boas.

O documento atesta que o HMP garante acessibilidade às pessoas com necessidades especiais, tem médicos em todas as especialidades que oferece (Clínica Médica, Pediatria, Ortopedia, Cirurgia e Ginecologia) e, que pacientes com Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela recebem atendimento diferenciado. Os banheiros, segundo o relatório, foram encontrados em “boas condições de assepsia” e “adequados” para portadores de deficiências.

Entrevistados pela agente de fiscalização do TCE-SP, usuários apontaram a “demora no atendimento” como um dos principais problemas do HMP. O relatório aponta que o paciente leva, em média, duas horas para ser atendido, e passa apenas 10 minutos na sala do médico. O grau de satisfação da população ficou entre “regular” e “ruim”.

Durante a fiscalização, Loffler registrou um homem deitado na calçada, aguardando o resultado dos exames que havia feito. “O paciente foi atendido, medicado e realizou exames. Todavia, sua filha relatou que estavam há, aproximadamente, 4 horas aguardando o resultado dos exames. Nesse período, o efeito da medicação passou e ele voltou a ter fortes dores abdominais. A filha comunicou uma enfermeira sobre a volta das dores e recebeu como resposta que deveria continuar aguardando. Com fortes dores e não suportando se manter sentado, foi se deitar na calçada para aguardar. Então, após serem comunicados do que estava ocorrendo, uma funcionária do hospital foi conversar com ele e o conduziu para dentro do pronto socorro”, relatou a agente.

O controle biométrico de presença de médicos, enfermeiros e outros profissionais do HMP também foi aprovado. “Existem 2 pontos eletrônicos. Um para os servidores estatutários e outro pelos contratados pelo Cismetro (Consórcio Intermunicipal de Saúde)”, afirma o documento. No momento da fiscalização, médicos, sendo 7 Clínicos Gerais, 3 Pediatras, 1 Ortopedista, 1 Cirurgião e 2 Ginecologistas, e enfermeiros se encontravam em seus postos de trabalho, bem como as escalas de trabalho visíveis ao público.

A fiscalização não encontrou medicamentos com prazo de validade vencido no HMP, mas detectou remédios (Dapsona 100 mg, Rifanpicina + isoniazida e Thyopentax, entre outros) com prazo de validade inferior a trinta dias. A agente destacou que “O controle (do estoque de medicamentos) é manual. Não há um sistema informatizado”. A forma de armazenamento de medicamentos comuns e de uso controlado foi aprovada.

Equipamentos quebrados, à espera de concerto, foram fotografados por Loffler e incluídos no relatório. “Estão sendo analisados pela empresa contratada para a manutenção e/ ou aguardando peças”, descreveu ela. Depósitos e cozinha do HMP foram encontrados dentro das condições estabelecidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O certificado de desinsetização e o registro de controle de qualidade da água do HMP estão em dia, segundo o documento. No entanto, o prédio do HMP encontra-se sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

O relatório afirma ainda que os resíduos produzidos pelo HMP são descartados de acordo as normas vigentes e, por fim, observa: “O Hospital não se encontra completamente operacional. As novas áreas de Enfermaria Ginecológica e Centro Obstétrico não estão em atividade”. As informações são do Correio Paulinense.

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