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Policial Civil que colaborava com o tráfico na região é condenado a 12 anos de prisão

O policial facilitava e realizava troca de porções de drogas apreendidas

(Reprodução EPTV): Policiais militares deram apoio a ação do MP na cidade de Paulínia em 2016 quando foi deflagrada a operação.

A Justiça condenou a 12 anos e 9 meses de prisão o policial civil Paulo Ribeiro Cardoso, denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, por colaborar com o tráfico de drogas na região de Campinas. O condenado não pode recorrer da sentença em liberdade.

Segundo informações do MP divulgadas pelo portal G1, Cardoso foi preso na Operação Tormenta, deflagrada em 2016 e que identificou o envolvimento de policiais do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), em São Paulo, com integrantes de uma facção criminosa no tráfico de drogas na região de Campinas.

De acordo com as investigações, Cardoso, que atuava no cofre do Denarc, trabalhava em parceria com outro policial, preso na operação, facilitando e realizando troca de porções de drogas apreendidas.

"A atividade consistia na substituição de porções de cocaína com alto teor de princípio ativo, por porções similares, mas contendo droga com baixo percentual de pureza, no mínimo necessário para que eventual exame químico apontasse a presença de resquícios do psicotrópico", informou o MP em nota.

Segundo os promotores, após Cardoso garantir a substituição ou fornecer detalhes para que a troca das porções acontecesse, a "droga verdadeira" era vendida a traficantes vinculados a uma facção criminosa.

Durante as investigações ficou identificado que o policial civil possuía patrimônio incompatível com sua fonte de renda. Ao condenar Cardoso, a Justiça ainda determinou a perda dos bens arrecadados pelo réu durante o processo. O portal G1 não conseguiu localizar a defesa do policial civil para comentar a decisão.


Sete cidades A Operação Tormenta, como foi denominada pelos promotores na época, fez buscas em sete cidades paulistas. Dois suspeitos foram detidos em Paulínia, dois em Sumaré, um em Itapira, um em Campinas e o sétimo na capital. Quatro outras prisões da operação foram realizadas, totalizando 11 presos. O detido em Campinas seria responsável da facção pela disciplina no interior do estado.

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