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Ataque na Catedral de Campinas faz seis vítimas fatais e causa comoção na região

O atirador atingiu cinco homens e cometeu suicídio na sequencia após ser baleado

Na tarde da última terça-feira (11), a tragédia na Catedral Metropolitana de Campinas chocou toda a região.

O analista de sistemas, Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, efetuou diversos disparos no interior da igreja após a missa das 12h15, fazendo cinco vítimas fatais. O atirador cometeu suicídio na sequência, após ser baleado na região da costela por um policial militar.

O atirador atingiu cinco homens, Sidnei Vitor Monteiro, 39 anos, José Eudes Gonzaga, 68 anos, Cristofer Gonçalves dos Santos, 38 anos; Elpídio Alves Coutinho, 67 anos e Heleno Severo Alves, de 84 anos.

Grandolpho morava em um condomínio de Valinhos, com o pai - a mãe já havia morrido. Segundo o delegado José Henrique Ventura, titular do Deinter-2, a Polícia Civil apurou com familiares que o atirador chegou a fazer tratamento contra a depressão e tinha um "perfil estranho".

O delegado revelou ainda que ele mantinha uma espécie de diário, com anotações que demonstram que o atirador se sentia perseguido. Ele anotava placas de automóveis, por exemplo.

De acordo com o apurado pelo investigadores, Euler era bastante recluso, costumava ficar dentro do quarto, saia muito pouco de casa e chegou a fazer tratamento psicológico. "Ele tinha um perfil muito estranho, era muito fechado. De 2015 para cá não trabalhou mais", disse Ventura.

O atirador não tinha antecedentes criminais, mas já havia registrado dois boletins de ocorrência como vítima: um em um caso de injúria, e outro de perseguição.

O delegado do 1º Distrito Policial, Hamilton Caviola Filho, analisou as imagens do circuito de segurança dentro da igreja no momento da ação. Ele estima pelo menos 20 disparos.

"Ele sentou a uns dez metros para a frente da porta. Ele não entrou atirando, primeiro ele senta em um banco", afirma. De acordo com o delegado, logo após a entrada do atirador, três pessoas sentaram no banco atrás dele e foram as primeiras a serem atingidas. Entre elas, uma morreu.

"Ele usou uma arma, mas estava com duas. Motivação a gente só vai saber quando identificar, para saber o histórico dele. Eu estou me reportando às imagens. Ele [atirador] parou, pensou e executou o plano que tinha na cabeça [...] Ele se matou, mas o policial deve ter alvejado ele porque estava com um tiro na costela, depois desse tiro ele caiu e se matou", diz o delegado.

Quatro dos cinco mortos foram enterrados na tarde de quarta-feira (12), sob comoção de parentes e amigos. O atirador também foi sepultado após a entrada do Cemitério Flamboyant ser isolada a pedido da família. Outras três pessoas ficaram feridas, mas já receberam alta dos hospitais.

Fonte G1

(Fernando Evans/G1): Multidão na frente da Catedral, em Campinas.

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