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Mulher forja o próprio sequestro e é encontrada pela Policia Civil

A chefe da mulher prestou queixa após receber um vídeo em que ela aparecia amarrada e amordaçada

A Polícia Civil de Limeira localizou na última terça-feira (28) em Cordeirópolis uma vendedora de 24 anos após forjar o próprio sequestro. A chefe da mulher, que mora em Limeira, havia prestado queixa de desaparecimento na segunda-feira (27) após receber um vídeo em que a vendedora aparecia amarrada e amordaçada.

Segundo o delegado do 1º Distrito Policial (DP) de Limeira, Francisco Paulo Oliveira Lima, desde o início a Polícia Civil desconfiava do vídeo. Lima afirma que a imagem estava estática, o que deu a impressão de que ela estava sozinha no local. Além disso, a fita em que estava com os pés e mãos amarrados é pouco resistente.

O vídeo foi enviado pelo celular da vendedora. "Você via que a fita que ela prendia os pés e as mãos era fácil de se livrar daquilo. Com bastante cautela, nós já desconfiávamos que não era nada daquilo [sequestro], mas a nossa experiência faz com que a gente trabalhe com bastante cautela. Somadas as imagens da Muralha Digital, veja que ela estava indo e voltando, para quem está sequestrado não faz isso."

Lima afirma que a Polícia Civil atuou em conjunto com a Guarda Civil Municipal (GCM) de Limeira e com as autoridades de Cordeirópolis para resolver o caso. Por meio da Muralha Digital, sistema de monitoramento por câmeras, a GCM conseguiu descobrir que a mulher havia ido, sozinha e de moto, para Cordeirópolis, e voltado.

Na terça, as equipes se prepararam para tentar localizar a vendedora. Uma viatura da Polícia Civil passou a percorrer a Rodovia Limeira-Codeirópolis. Quando a motocicleta dela foi avistada, a Guarda Civil de Cordeirópolis a abordou. Ela estava sozinha, mas manteve a versão do sequestro.

Só no 1º DP de Limeira, quando ficou sabendo das imagens que mostravam ela sozinha, é que admitiu que não tinha sido sequestrada, informou o delegado. O depoimento dela foi colhido pela delegada adjunta do 1º DP, Andrea Arnosti.

Não pediu dinheiro

De acordo com o delegado, a mulher afirmou no depoimento que queria dar um susto nos próprios familiares. Ela não chegou a pedir qualquer quantia para ser solta, portanto não houve extorsão.

Lima afirma que a Polícia Civil acredita que a vendedora sofreu um surto psicótico. Tanto a dona do estabelecimento em que ela trabalha quanto a família ficaram preocupados com a situação, informou o delegado.

Segundo Lima, o caso será apurado para concluir se há imputação de crime. A vendedora foi liberada após prestar depoimento.

Fonte G1

(Reprodução/Guarda Civil Municipal de Limeira): Imagens de câmeras de

segurança mostram vendedora em moto em Limeira.

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