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Vereadores aprovam projeto que coloca em dúvida CP contra Dixon e 13 parlamentares

A Comissão investiga os vereadores por suspeita de "blindar" o prefeito Dixon Carvalho de denúncias de irregularidades

Na última sessão na Câmara na terça-feira (21), os vereadores de Paulínia aprovaram por unanimidade um projeto de resolução cujo objetivo é colocar em dúvida a Comissão Processante (CP) 02/2018 que os investiga por suspeita de "blindar" o prefeito Dixon Carvalho (PP) de denúncias de irregularidades, em troca de cargos na prefeitura.

Os autores do projeto são os vereadores investigados pela CP, Danilo Barros (PR) e Flávio Xavier (PSDC). Ao todo estão sendo investigados treze parlamentares. Eles questionam a CP e usam argumentos de advogados contratados exclusivamente para isso.

Os advogados questionam a conduta e a capacidade dos vereadores suplentes Sargento Camargo (PDT) e Robert Paiva (PTB), de conduzirem a comissão, e ainda apontam falhas durante a apuração da CP.

Áudio

O principal ponto de argumentação é uma reportagem publicada pelo jornal Correio Popular, onde mostrou conversas entre o vice-prefeito Sandro Caprino (PRB) e o suplente de vereador Marcelo Souza (PSDB). A reportagem aponta que Caprino e Camargo atuavam para prejudicar os vereadores.

Com base nisso, os parlamentares contestam a conduta dos membros da CP e arranjos políticos duvidosos, caracterizando parcialidade na condução das investigações contra os vereadores e o prefeito.

Conduta

Para os advogados, Robert Paiva, relator da CP, tornou-se um "inquisitor digno de fazer inveja à santa inquisição ocorrida no século XVIII, ocupando o cargo de advogado do denunciante, abusando de prerrogativas que não cabe a ele, fugindo muitas vezes de suas atribuições frente à comissão."

Já em relação ao Sargento Camargo, eles questionam a sua imparcialidade após a matéria veiculada em jornal impresso, com recorte de jornais, e prints das redes sociais, além de anexar boletim de ocorrência registrado pelo recorrente.

Os vereadores querem a suspensão dos trabalhos da comissão, segundo o artigo 96 do Código Penal, e que os trabalhos só retornem após perícia no áudio, onde o sargento é mencionado. No fim eles pedem a suspensão total dos trabalhos da comissão.

Projeto

O projeto foi aprovado por unanimidade entre os vereadores presentes, com a ausência de Kiko Meschiati (PRB), que está preso e Tiguila Paes (PPS) que também não estava na sessão. O presidente do Legislativo, Du Cazelatto (PSDB) só vota em caso de empate.

O projeto teve aval da Comissão de Justiça e Redação da Câmara de Vereadores de Paulínia. O parecer dando andamento ao projeto de resolução foi assinado pelos vereadores Fábio Valadão (PRTB), Zé Coco (PV) e Loira (PSDC), e se assemelha ao conteúdo dos advogados.

Segundo a denúncia que deu origem à CP, Dixon Carvalho teria sido blindado de apurações em contratos emergenciais da merenda e coleta de lixo, cada um com valor superior a R$ 13 milhões, e compensado os parlamentares por meio de manobra que resultou em nomeações para cargos de confiança no governo municipal.

Fonte: Notícias de Paulínia

(Internet): Na última sessão na Câmara na terça-feira (21),

os vereadores de Paulínia aprovaram

por unanimidade o projeto.

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