Polícia Federal realiza busca e apreensão da Operação Lava Jato em Paulínia

As buscas têm por objetivo a colheita de material que possa auxiliar a conclusão das investigações

Na manhã da última sexta-feira (23), a Polícia Federal iniciou mais uma fase da Operação Lava Jato com cumprimento de mandados de busca e apreensão, desta vez em Campinas e Paulínia. As medidas cumpridas investiga o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e atos de lavagem subsequentes em contratos da Transpetro. Os locais da ação da PF não foram divulgados. A 50ª fase da operação é chamada de Operação Sothis II. As buscas também estão ocorrendo em Salvador na Bahia. Os mandados judiciais cumpridos foram expedidos pelo Juízo Federal da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR. Segundo a investigação do Ministério Público Federal, a empresa do ramo de engenharia, Meta Manutenção e Instalações Industriais Ltda é suspeita de pagar propinas de R$ 2,32 milhões em benefício do ex-gerente da Transpetro, José Antônio de Jesus, que está preso preventivamente em Curitiba. Segundo a Procuradoria da República, as investigações tiveram início com a colaboração premiada de executivos da NM Engenharia, que relataram o pagamento de propinas ao ex-gerente da Transpetro, derivadas de contratos celebrados com a estatal. A partir daí e após a realização de diversas diligências investigatórias, foi deflagrada a 47ª fase da Lava Jato, ocasião em que foram realizadas buscas e apreensões e conduções coercitivas. Na época foi relatada por um dos investigados a existência de outros pagamentos indevidos em favor de José Antônio de Jesus, especialmente provenientes da empresa Meta. Com base nas informações angariadas na 47ª fase foram realizadas novas medidas de investigação, como quebras de sigilo bancário, fiscal, telemático e de registros telefônicos, as quais revelaram a existência de transações bancárias entre a Meta Manutenção e uma empresa vinculada a José Antônio de Jesus, sendo apuradas diversas transferências, entre os anos de 2009 e 2011, que somaram a quantia de R$ 2.325.000,00. As provas colhidas até o momento indicam ainda que, logo após as transferências dos recursos pela Meta Manutenção, familiares de José Antônio de Jesus foram favorecidos com operações bancárias diretas da empresa vinculada ao ex-gerente da Transpetro, evidenciando que foi utilizada apenas para esconder a origem ilícita dos valores. As buscas e apreensões cumpridas nesta sexta-feira têm por objetivo a colheita de material probatório que possa auxiliar a conclusão das investigações.

(Ilustrativa): Os mandados judiciais cumpridos foram expedidos pelo Juízo Federal da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.