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Vereadores rejeitam mais duas denúncias contra o prefeito Dixon Carvalho em sessão ordinária

Danilo Barros, Edilsinho e Flávio Xavier não estiveram presentes na sessão para defender os interesses da população

Na noite da última terça-feira (21), a maioria dos vereadores presentes na 20ª sessão ordinária na Câmara de Paulínia, rejeitaram mais duas denúncias contra o prefeito Dixon Carvalho (PP).

Dessa vez, o prefeito foi acusado de obstrução da Justiça pelo estudante Jhonatan William Lozado de Oliveira e, pelo 3º sargento aposentado da Polícia Militar, Luiz Roberto de Lima de favorecer o consórcio “Paulínia Sempre Limpa”, que venceu a milionária licitação do lixo da cidade.

Foram ao todo sete parlamentares contra as investigações do prefeito Dixon e quatro a favor. Os vereadores ausentes na votação foram Danilo Barros (PR), Edilsinho Rodrigues (PSDB) e Flávio Xavier (PSDC). Além de todas as outras denuncias, estas eram de extrema importância por se tratar da grande “Operação Purgamentum” e, a presença dos vereadores que foram eleitos pelo povo para representa-los e defender as Leis, se fazia necessária.

Os vereadores que foram a favor e queriam que o prefeito Dixon fosse investigado foram Tiguila Paes (PPS), Kiko Meschiati (PRTB), Fábia Ramalho (PMN) e Fábio Valadão (PRTB). Já os parlamentares que acreditam que o atual prefeito não precisa ser investigado são Marcelo D2 (PROS), Xandynho Ferrari (PSD), Manoel Filhos da Fruta (PCdoB), João Pinto Mota (PSDC), Loira (PSDC), Zé Coco (PV) e Marquinho Fiorella (PSB).


Denúncia por obstrução de Justiça

Na denúncia, o estudante Jhonatan William Lozado de Oliveira alegou que o PRP (Partido Republicano Progressista) municipal e o ex-presidente da legenda, Mario Lacerda teriam abandonado ações eleitorais que ajuizaram contra o denunciado Dixon (PP), em troca de cargos no primeiro escalão do atual governo municipal.

De acordo com Lozado, durante a tramitação das ações na Justiça Eleitoral, a presidência do PRP, antes dirigido por Lacerda, passou para o advogado Carlos Alberto Coelho, que depois foi nomeado primeiro Chefe de Gabinete da Secretaria de Turismo e Eventos e, depois, com a saída do então titular da pasta, David Rodrigues, ele assumiu interinamente a secretaria até o dia 1º deste mês, quando o novo secretário Jarbas Elias Zuri Júnior foi nomeado para o cargo.

Já Lacerda, que não compareceu a audiência de instrução da AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) 4389, provocando a extinção da ação, sem o julgamento do mérito, teria sido beneficiado pela nomeação da nora Patrícia Groot Lacerda, para o cargo de Assessora Técnica de Gabinete da Secretaria de Habitação.

O estudante afirmou não ter dúvidas de que a máquina pública municipal foi usada pelo prefeito Dixon para impedir que ações, que poderiam ameaçar a permanência dele no cargo e os seus direitos políticos, prosperassem na Justiça Eleitoral da cidade. Os argumentos não convenceram a maioria, que votou pelo arquivamento da denúncia.


Infração Político-Administrativa

A segunda denúncia apresentada ao Legislativo contra Dixon, o sargento aposentado Luiz Roberto de Lima afirmou, entre outros fatos, suposto favorecimento ao Consórcio “Paulínia Sempre Limpa”, vencedor da concorrência pública do lixo da cidade, estimada em quase R$ 47 milhões e homologada dia 18 de outubro.

No entanto, uma decisão desta terça-feira (21), da juíza Marta Brandão Pistelli, suspendeu os efeitos da referida concorrência, foco da denúncia rejeitada pela Câmara.

A licitação milionária também é um dos alvos da investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) de Campinas, sobre um suposto esquema de fraudes em licitações e contratos de lixo em Paulínia e outras cidades de São Paulo e Minas Gerais, liderado por uma das empresas contratadas pelo governo Dixon, a Filadelfia Locação e Construção.

Lima relatou vários ilícitos, segundo ele, verificados no edital da licitação e no julgamento da Comissão de Licitações do Município, que o dono da Cidade Nova Obras e Serviços Urbanos Ltda, também do consórcio “Paulínia Sempre Limpa”, é o empresário Geraldo Antonio Baraldi, apontado pela Justiça Eleitoral como “doador” de mais de R$ 830 mil à campanha de Dixon no ano passado.

A empresa Senepave Saneamento Ambiental, que teve o pedido de suspensão da licitação do lixo atendido pela Justiça de Paulínia, também foi citada pelo Policial aposentado. A Senapave contestou judicialmente a habilitação de várias empresas que disputaram a concorrência pública, especialmente as que integram o consórcio “Paulínia sempre Limpa”.


Fonte Correio Paulinense


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