Dixon é levado para depor no Ministério Público por fraude em contrato de coleta de lixo e Prefeitur
Procuradoria apura se fraude em contrato de coleta de lixo beneficiou prefeito de Paulínia e família
(Reprodução/EPTV) O prefeito de Paulínia, Dixon Carvalho, na chegada ao MP.
Na quinta-feira (9), o Ministério Público (MP) e a Polícia Militar cumpriram mandados de condução coercitiva, ou seja, quando a pessoa é levada a depor, contra o atual prefeito de Paulínia, Dixon Carvalho (PP), secretários municipais e vereadores da cidade.
As investigações são sobre contratos de coleta de lixo em cidades do estado de Minas Gerais e Interior Paulista. Na região, além de Paulínia, a força-tarefa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público, e do Batalhão de Ações Especiais de Polícia Militar (Baep) também foi deflagrada nas cidades vizinhas de Sumaré e Campinas.
Dixon Carvalho disse que ia tomar conhecimentos dos fatos antes de se posicionar sobre as investigações. "Não tenho envolvimento nenhum", declarou ao chegar no MP.
A primeira-dama de Paulínia, Tatiana Castro, e familiares do chefe do Executivo também foram levados para depor. O genro do parlamentar foi o primeiro a ser ouvido e liberado. Foram levados para depor os secretários de Obras e Serviços, e o chefe de gabinete.De acordo com a Polícia Militar, foram apreendidos R$ 26 mil em dinheiro na residência de Dixon Carvalho durante as investigações. A Prefeitura de Paulínia informou que não vai se pronunciar sobre as buscas no paço.
(Reprodução/EPTV): Autoridades policiais em frente à residencia do Prefeito Dixon.
Vereadores de Paulínia
De acordo com a Câmara Municipal, o vereador José Carlos Coco da Silva, o Zé Coco (PV), foi alvo de condução coercitiva. Já o gabinete do vereador Edilson Rodrigues Júnior, o Edilsinho (PSDB), foi alvo de busca e apreensão.
Campinas
Os integrantes da Operação Purgamentum informaram no início da tarde de quinta-feira que um mandado de busca e apreensão foi cumprido em uma empresa na Vila Industrial, em Campinas.
(Cedida): Vereador Zé Coco, também foi alvo de condução coercitiva.
Purgamentum
Segundo o Ministério Público, as investigações da Operação Purgamentum são em relação aos contratos de coleta de lixo em cidades do estado de Minas Gerais e interior paulista. Os levantamentos tiveram início na 7ª Promotoria de Justiça de Passos (MG), e voltados para apuração de ilícitos de fraudes em licitações.
Foram cumpridos ainda mandados de busca e apreensão na prefeitura de Paulínia e na vizinha Sumaré, além de residências dos investigados. A Prefeitura de Sumaré informou que não poderá fornecer mais informações por se tratar de uma investigação sigilosa. A administração informou também que nenhum agente público da atual gestão é alvo das investigações.
Policiais e promotores também estiveram na Câmara de Paulínia. Em nota, o Legislativo informou que colaborou com os promotores e está à disposição das investigações.
A força-tarefa informou que a polícia cumpriu dois mandados de prisão em Paulínia. De acordo com os policiais, os presos são representantes da Filadélfia Locação e Construção: Carlos Henrique de Oliveira e Diogo Soares Rodrigues da Silva.
(Reprodução/EPTV): Foram apreendidos R$ 26 mil em dinheiro na residência de Dixon Carvalho.
MP de Campinas
Todo o material apreendido e os investigados foram levados para a sede do Ministério Público, na Cidade Judiciária, em Campinas. Ao todo, policiais e promotores cumpriram 15 mandados de prisão, 44 de busca e de apreensão e 11 de condução coercitiva em 25 lugares diferentes. Sendo nas prefeituras de Paulínia e Sumaré; nas residências dos investigados; na Câmara de Vereadores de Paulínia; na empresa Filadélfia, concessionária do serviço de coleta de lixo e de limpeza pública em Paulínia; na região de Ribeirão Preto; e em cidades no estado de Minas Gerais. A operação começou às 6h e contou com a participação de 106 policiais e 28 viaturas.
Paço Municipal
O expediente ao público na Prefeitura de Paulínia volta ao normal na sexta-feira (10). Os servidores foram dispensados na quinta-feira (9), após operação do Ministério Público e da Polícia Militar que fechou o Paço Municipal.
A Prefeitura inclusive confirmou a cerimônia do “Ato de Assinatura do Termo de Compromisso Sebrae Aqui”, nesta sexta-feira, às 11h, no Paço Municipal, com a presença do presidente do Sebrae-SP e da Fiesp-Ciesp, Paulo Skaf, e dos prefeitos de Hortolândia, Monte Mor, Pedreira e Monte Alegre.
(Reprodução/EPTV): Prefeitura foi interditada e não houve expediente ao público na quinta-feira.
Fonte G1/Eptv Campinas