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Nova representação contra 13 vereadores de Paulínia é protocolada no Ministério Público

Segundo o ex-secretário, Dixon teria nomeado em cargos de comissão nove indicados de cada vereador

(Ilustrativa): Denúncia foi protocolada no Ministério Público.

O ex-secretário de Governo Aristides Aparecido Ricatto, protocolou novamente no Ministério Público (MP) de Paulínia, na tarde da última terça-feira (12), a mesma representação que havia feito no dia 15 de agosto, na Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) contra o prefeito de Paulínia, Dixon Carvalho (PP) e 13 dos 15 vereadores eleitos. No entanto, dessa vez, apenas os vereadores foram representados. “Lá (na PGJ) cuida só de crimes de prefeitos, já de vereadores cabe ao Ministério Público da cidade apurar”, explicou ele.

De acordo com Ricatto, o prefeito Dixon teria nomeado em cargos de comissão na Prefeitura nove indicados de cada vereador. Em troca, os vereadores teriam rejeitado duas Comissões Processantes (CPs) contra o prefeito no final de março deste ano.

“Os vereadores negam veementemente terem aceitado cargos na atual administração em troca de votarem contra as duas denúncias apresentadas no mês de março pelo Legislativo. Mesmo porque os esclarecimentos continuaram em sede da Comissão de Finanças com a oitiva de vários Secretários, cujos depoimentos foram inclusive gravados e se encontram a disposição das autoridades”, afirmaram os acusados em nota conjunta, divulgada nas redes sociais três dias após a denúncia na PGJ.

Por outro lado, Ricatto afirma na representação que, enquanto Secretário de Governo responsável pela interlocução entre Executivo e Legislativo, ele teria sido incumbido por Dixon de oferecer os cargos aos vereadores, “a fim de obter o compromisso destes”, e barrar a instauração das duas CPs.

“O prefeito na época que entrou as duas CPs na Câmara Municipal, pra segurar a não aprovação, ele me pediu para que fizesse uma negociação com os vereadores. Pediu para que eu oferecesse aos vereadores 9 cargos para cada um, em contrapartida eles rejeitariam a CP. Eu não concordei com o ato dele, esse foi um dos motivos pelo qual começou a discórdia entre nós dois. Isso não é justo e é contra a Lei”, disse o ex-secretário em entrevista ao Jornal Mais Notícias.

No último dia 29, a Câmara rejeitou a abertura de uma outra CP para apurar a mesma denúncia, dessa vez feita pelo policial militar aposentado Luiz Roberto de Lima .

Na manhã de quarta-feira (13), o ex-secretário de Governo foi ouvido na Procuradoria-Geral de Justiça. O Ministério Público (MP) da cidade ainda não se manifestou sobre a representação contra os vereadores.


Lista dos Comissionados

Aristides Ricatto divulgou no mês passado, na página (Facebook) do Jornal Mais Notícias, a lista com os nomes dos cargos que, segundo a denúncia, foram trocados entre 13 Vereadores e o Prefeito Dixon. A denúncia afirma que a prática caracteriza crime de Organização Criminosa, Corrupção Ativa e Passiva.

O ex-secretário ainda afirma que os únicos que não foram contemplados com os cargos e não fizeram parte dessa negociação foram os vereadores Kiko Meschiati e Tiguila Paes.

Os salários dos comissionados variam entre 4 mil e 11 mil reais e, podem custar por ano quase 5 milhões de reais aos cofres públicos.


Fonte Correio Paulinense

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